Os efeitos da prática

A ideia central da Queepi é a prática gradual, suave e individualizada dos conteúdos.

A razão principal da necessidade dessa prática é o fato, bem conhecido da ciência cognitiva, de que o pequeno espaço da memória de trabalho é a limitação fundamental da mente humana. Para quem está habituado com computadores ou celulares, a analogia é imediata: quanto maior a memória RAM melhor será o desempenho do processador.

Quando praticamos um assunto até dominá-lo profundamente, não precisamos pensar nos pequenos detalhes para trabalhar em nível mais elevado. A comparação com o uso do celular é evidente: quando começamos a utilizar um novo celular, com um sistema operacional diferente do nosso aparelho anterior, levamos algum tempo até nos acostumar, até conhecer os novos aplicativos e macetes de digitação. É só comparar a velocidade de navegação e digitação de uma pessoa que usa o celular continuamente, com a de alguém que usa o celular apenas eventualmente.

A prática internaliza o conhecimento básico, automatizando certos processos mentais e utilizando a memória de longo prazo, liberando espaço em memória para tarefas mais nobres.

A prática nos permite ganhar a competência mínima que possibilita uma posterior expansão das habilidades e o aprendizado futuro.

A prática torna a memória duradoura, protegendo-a contra o esquecimento. Voltar a praticar um assunto já conhecido é a melhor maneira de solidificar o conhecimento, permitindo que novos aspectos sejam descobertos e incorporados a ele.

A prática permite o reconhecimento da estrutura subjacente aos problemas estudados.

A prática facilita o entendimento do problema e melhora a atenção aos detalhes, sutilezas e contextos.

Por fim, o aprendizado adquirido com a prática facilita a solução de novos problemas, o que é, de fato, o objetivo do conhecimento.

Prática, não decoreba.

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