De gatos e outros bichos

O telégrafo sem fio não é difícil de entender. O telégrafo com fio é como um gato muito comprido. Você puxa seu rabo em Nova York e ele mia em Los Angeles. O telégrafo sem fio é a mesma coisa, só que sem o gato.

A espirituosa e não muito explicativa frase acima é de ninguém menos que Albert Einstein. Muito bem, legal, mas o que ela está fazendo perdida aqui neste blog?

A culpa é de Alexandre Cherman, autor de Sobre os ombros de GIGANTES, um modesto livrinho de menos de 200 páginas sobre a História da Física, onde a encontrei. O título, excerto de uma frase de Newton, já dá o tom da coisa: grandes físicos e suas teorias.

Acontece que o livrinho pode ser modesto, mas nada tem de bisonho. Em função das pesquisas para a Queepi, mas também por prazer, tenho lido, ou visto, praticamente tudo publicado no Brasil sobre divulgação científica. Tem saído muita coisa boa, e, mesmo assim, esse livro se destaca. É claro, divertido, instrutivo e conciso. Entretanto, para aproveitar totalmente sua leitura é recomendável uma formação científica básica. O que deixa o nosso bom livro meio sem público. Quem tem formação na área já conhece o que ali está, a menos, possivelmente, de algum folclore como a história do gato. Quem não tem, dificilmente terá paciência para procurar todos os termos incomuns que ali estão. Haja Google (ou DuckDuckGo)!

E onde está a conexão com a Queepi? Está na palavrinha mágica queepiana: FAMILIARIDADE. Esforços desse tipo trazem as matérias ditas difíceis, Matemática, Física e Química, para próximo do estudante e das pessoas comuns. Sem fórmulas e teoremas, olhando para os problemas reais e as soluções intuitivas propostas para resolvê-los, fica mais fácil ganhar uma compreensão básica do assunto. Penso que as aulas dessa matérias sempre deveriam começar com a história do que será estudado, os problemas que estavam sendo enfrentados, as ideias divergentes sobre eles e as sacadas que fizeram avançar as Ciências. Falta alguém escrever uma lista dos momentos eureka da Humanidade.

Na Queepi procuramos fazer questões intuitivas, assim o usuário vai descobrindo o caminho da solução por ele mesmo, no seu ritmo, passo a passo. Ganhando FAMILIARIDADE com os assuntos, perdendo o medo de enfrentar os gatos, sapos e monstros teóricos. A Queepi não é só um banco de questões, como tantos outros na Internet. É um método de descoberta, uma estratégia de aprendizagem, reforço e revisão.

Antes que eu esqueça: está nos nossos planos caminhar pela história das Ciências e suas curiosidades. Em 2021!

Rabujo (adoro esse apelido, embora injusto…)

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